O Estado-Maior Conjunto sul-coreano não avançou com mais pormenores, nomeadamente a distância percorrida pelo míssil.

O lançamento é o mais recente de uma série de testes de armamento efetuados pela Coreia do Norte nos últimos meses. Especialistas avaliam que a Coreia do Norte poderá pensar que um arsenal de armas ampliado vai aumentar a influência de Pyongyang em futuras conversas com Washington, escreve a agência noticiosa norte-americana Associated Press.

Ainda hoje, a Coreia do Norte negou que o país tenha exportado armas para a Rússia, ao definir a especulação sobre a transferência de armamento entre Pyongyang e Moscovo como "o paradoxo mais absurdo", de acordo com 'media' estatais.

"Não temos intenção de exportar as nossas capacidades técnicas militares para qualquer país ou de as abrir ao público", disse Kim Yo-jong, influente irmã do líder norte-coreano, num comunicado divulgado pela imprensa.

Vários países, incluindo Estados Unidos e Coreia do Sul, acusaram a Coreia do Norte de fornecer artilharia, mísseis e outras armas à Rússia para a guerra na Ucrânia, em troca de tecnologia militar avançada e ajuda económica. Acusações rejeitadas repetidamente pela Coreia do Norte e Rússia.

Especialistas estrangeiros acreditam que a recente série de testes de artilharia e mísseis de curto alcance da Coreia do Norte se destinava a examinar ou publicitar as armas que planeava vender à Rússia.

"O paradoxo mais absurdo do qual não vale a pena fazer qualquer avaliação ou interpretação", respondeu Kim Yo-jong.

Kim, que integra a Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, disse ainda que os recentes testes de armas da Coreia do Norte foram realizados como parte do plano quinquenal de desenvolvimento de armas do país, lançado em 2021.

Acrescentou que as armas recentemente testadas são projetadas para atacar a capital sul-coreana.

"Não escondemos o facto de que tais armas serão usadas para impedir que Seul invente qualquer pensamento irreal", disse.

O aprofundamento dos laços entre a Coreia do Norte e a Rússia ocorre num momento em os dois países estão envolvidos em confrontos separados com os Estados Unidos - a Coreia do Norte devido ao avanço do programa nuclear e a Rússia pela invasão da Ucrânia.

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